Tenho que
parar de falar sobre você.
Quando me
perguntam de quem mais gostei na vida, quando vou escrever algum texto qualquer
em que eu esbarre com o que mais próximo eu cheguei do amor.
Tenho que
parar de falar sobre você, que é pra ver se eu me livro, se eu tiro esse peso
que sempre foi só meu e você nunca quis dividir.
Tenho que
parar de falar sobre você, mas só por ter essa necessidade, já falo de novo e
acabo sempre em contradição. E fico aqui, de novo, na mesma laia, nas mesmas
palavras.
E aí me
lembro de tudo e vem uma saudade absurda, uma falta do abraço, uma falta do
carinho.
E aí me
calo, para nunca mais falar sobre você, mas me perguntam de alguma coisa que
lembra você (até futebol) e acontece tudo de novo.
Você
sempre acontece de novo.
Eu acho
que esqueci, superei, deixei para trás e você volta, intenso, como sempre, e me
deixa de perna bamba, que nem a menina de 15 anos boba, sonhadora que te
conheceu
Você
acontece de novo quando olho as fotos, quando te vejo no Facebook, quando
encontro nossos amigos em comum.
E eu
fujo, desesperada, louca para encontrar qualquer salvaçãozinha de você, porque
não quero, não vou e não posso falar sobre você de novo.
E, antes
mesmo de acabar esse texto, tenho vergonha: falei de novo sobre você. Como
outros trinta textos, sempre, sempre, sempre sobre você.
E essa
mania escrota que você tem de acontecer, de novo, pra mim.
Tenho que
parar de falar sobre você.
Mas seria
bom que, antes disso, eu aprendesse a simplesmente deixar de amar Você.
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